Investigação é ataque à Santa Sé, diz presidente do Banco do Vaticano

O presidente do Banco do Vaticano, Ettore Gotti Tedeschi, em abril deste ano - Reuters
ROMA - No centro de mais um escândalo que pode abalar a imagem da Igreja Católica, o presidente do Banco do Vaticano, Ettore Gotti Tedeschi, colocado sob investigação pela Justiça italiana , alegou que um "erro de procedimento" está sendo usado para atacar a Santa Sé. Depois de se dizer "humilhado e mortificado com a ação", o presidente do Instituto para Obras Religiosas (IOR), como é oficialmente chama a instituição, afirmou em entrevista publicada nesta quarta-feira que as operações consideradas suspeitas foram normais. A pedido de promotores, foram bloqueados 23 milhões de euros do banco.
- Um erro de procedimento está sendo usado como desculpa para atacar o Instituto, seu presidente e o Vaticano em geral - disse Tedeschi ao jornal "Il Sole 24 Ore".
O presidente do banco disse que nos últimos 10 meses o IOR "adotou todos os trâmites internos para estar em harmonia com os padrões de transparência internacional". A instituição já havia sido envolvida em um escândalo nos anos 1980. Desta vez, dois depósitos em conta do Banco do Vaticano - um de 20 milhões de euros e outro de 3 milhões - foram considerados irregulares por violarem legislação italiana de combate à lavagem de dinheiro.

Mostrando "surpresa", a Santa Sé afirmou em comunicado que tem total confiança em Tedeschi e em outro diretor do IOR que também foi posto sob investigação. O banco administra recursos para o Vaticano e para diversas ordens religiosas.

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