GO: ex-governadores são criticados em debate de poucas propostas


Os candidatos ao governo de Goiás participam de debate nesta terça-feira (28). Foto: Weimar Carvalho/Futura Press
Os candidatos ao governo de Goiás participam de debate nesta terça-feira (28)
O último debate com os candidatos ao governo de Goiás, produzido pela TV Anhanguera e mediado pelo jornalista Fábio William, da Globo Brasília, não trouxe novidades para o eleitor. Afinal, os cinco candidatos ao governo do Estado repetiram a fórmula de outros debates anteriores: poucas propostas apresentadas e repetição de ataques pontuais, principalmente aos dois candidatos que já administraram o Goiás, o tucano Marconi Perillo (PSDB) e Iris Rezende (PMDB). Os dois lideram as pesquisas de intenção de voto.
A candidata do PCB, Marta Jane, questionou os gastos do tucano na campanha, que, na opinião dela, foram excessivos. "Candidatos financiados vão ser cobrados depois", avisou. "Todos os nossos gastos estão contabilizados e estamos fazendo todas as prestações de conta que a Justiça exige", rebateu Marconi.
Marconi, apesar de ter se mantido mais na defensiva durante o debate, chegou a sugerir que os adversários fizeram uma "tabelinha" de acusações contra ele. Ele, porém, também polemizou com o principal adversário, Iris ,na comparação de gestões, em especial quando o tema era a dívida pública do Estado. Marconi disse que recebeu o governo das mãos do PMDB, em 1998, "com a maior dívida externa do Brasil". Iris rebateu: "o atual governador tem dito que recebeu um Estado arrebentado. Segundo o governador, Vossa Excelência transferiu a ele uma carcaça de governo. Quem está falando a verdade?", provocou.
Marconi reafirmou que deixou as contas do Estado em dia e disse que é contra a "demagogia" de quem prega uma coisa e pratica outra. "Tem gente que faz num discurso o que não faz na prática", insinuou.
Iris também não escapou de críticas em relação a suas gestões. Washington Fraga chamou o peemedebista de "tirano e ditador", quando o assunto é o funcionalismo público e acusou Iris de demitir em massa servidores do estado em 1983, em seu primeiro governo. "O senhor perseguiu dirigentes sindicais", disparou. "Governador não exonera funcionários de empresas, quem exonera são os diretores. O senhor deveria cobrar deles. Nunca aceitei funcionário ganhando sem trabalhar", respondeu o candidato do PMDB.
Fraga também citou que Iris foi denunciado pela Justiça por improbidade administrativa, ao celebrar contrato com agência de publicidade sem licitação, durante mandato como prefeito de Goiânia. Iris reclamou que a denúncia foi feita às vésperas da eleição e questionou o preparo do juiz que a fez. "Eu sou um político exemplar", assegurou.
Já o candidato governista, Vanderlan Cardoso (PR), teve que defender o governo atual de Alcides Rodrigues (PP), mas foi acionado a fazê-lo em apenas duas oportunidades pelo candidato Washington Fraga (Psol). Fraga criticou o que chamou de "irresponsabilidade do governo" sobre a morte de três crianças por falta de cirurgiões cardíacos no Estado e a política do governo para o transporte coletivo.
Vanderlan respondeu que Alcides tentou resolver este e outros problemas do Estado, mas não conseguiu recursos, pois teve que pagar dívidas de governos anteriores. "Cada um tem sua maneira de governar, nós vamos fazer o metrô de superfície, vamos aproveitar o que está bom, ampliar e melhorar o resto", prometeu.

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