Deputado distrital envolvido no mensalão do DEM perde mandato

Em nota, Rogério Ulysses diz que é 'vítima de um estelionato eleitoral'.

Cargo foi pedido pelo PSB, partido que expulsou deputado após o escândalo.

O deputado distrital Rogério Ulysses (sem partido) teve o mandato cassado na tarde desta segunda-feira (27) pelo Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF). O mandato de Ulysses foi pedido pelo PSB, partido pelo qual o deputado se elegeu, mas que foi expulso após a deflagração da Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal. Ulysses era um dos parlamentares supostamente envolvidos no esquema que ficou conhecido como mensalão do DEM, e que culminou na perda de mandato do ex-governador José Roberto Arruda

A decisão do TRE foi por unanimidade e deve ser cumprida de forma imediata. Por meio de uma nota, a assessoria do deputado afirmou que ele vai recorrer da decisão junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Segundo a nota, o deputado está sendo “vítima de um estelionato eleitoral”. Ulysses não foi localizado pelo G1 para falar sobre o assunto.

“Rogério Ulysses está sendo vítima de estelionato eleitoral. E vai lutar e recorrer para concluir seu mandato, em todas as instâncias que lhe forem cabíveis. Rogério Ulysses é oficialmente inocente e covardemente injustiçado”, diz a nota da assessoria.

Para relator do processo no TRE, juiz Josaphá dos Santos, não houve irregularidade em o PSB pedir de volta o mandato do deputado, após Ulysses ter sido expulso do partido. Ulysses foi citado no inquérito da operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal, que apurou um suposto esquema de distribuição de propina a aliados do governo do Distrito Federal.

“Não houve irregularidade no processo que culminou com a saída de Ulysses, cuja exclusão do grêmio político se deu em razão de suposto envolvimento na operação conhecida como “Caixa de Pandora”, disse o relator do caso

Na época da operação, Ulysses divulgou uma nota negando envolvimento no esquema de corrupção. Diante do escândalo, o deputado também deixou a presidência da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Distrital. O gabinete do deputado foi um dos que a polícia fez busca e apreensão.