Avião da TAM escapa de colisão perto de Brasília


Jato quase se chocou com pequena aeronave que vinha no sentido oposto, na noite desta segunda-feira. Manobra brusca de piloto assustou passageiros


Avião da TAM após o pouso em Brasília: susto na chegada à capital federal
Avião da TAM após o pouso em Brasília: susto na chegada à capital federal (Veja)
Cinco anos depois do acidente com o avião da Gol, a história quase se repetiu na noite desta segunda-feira, desta vez em Brasília. O piloto de um jato da TAM que chegava à capital federal, vindo de São Paulo, foi obrigado a fazer uma manobra de emergência para evitar uma colisão com outro avião. A ameaça foi detectada pelo sistema de segurança do jato, um Airbus A319. A torre de controle do aeroporto de Brasília não percebeu que havia dois aviões na mesma rota.

O avião da TAM fazia o voo 3712, que partira do aeroporto de Congonhas pouco depois das 19 horas. Com capacidade para carregar 144 pessoas, a aeronave estava praticamente lotada. Faltando cerca de 15 minutos para o pouso em Brasília, os passageiros se assustaram com uma manobra brusca e com o barulho ensurdecedor provocado pela aceleração repentina das turbinas. O avião que se aproximava do A319 era de pequeno porte, segundo uma fonte da companhia aérea.

O susto durou poucos segundos. O suficiente para deixar os passageiros em pânico. “Pensei que ia acabar tudo, que o avião ia cair. Nunca tinha passado por isso”, diz o ator Gustavo Valliatti, que mora em São Paulo e foi a Brasília participar de uma gravação. “Não era um movimento típico de turbulência. Fiquei mais surpreso ainda quando soube que a gente estava numa possível rota de colisão”, relata o bancário Sérgio Pimentel, morador da capital federal.

Depois do susto, o comandante usou o sistema de som do avião para explicar o ocorrido: a manobra, feita manualmente, livrara a aeronave de uma colisão. Funcionários da TAM disseram que, durante o momento crítico, o piloto fez o avião subir  1.500 pés (cerca de 450 metros), o suficiente para evitar o que poderia ser uma tragédia.

O avião pousou em segurança em Brasília. Nenhum passageiro se feriu. A Aeronáutica informou que está apurando o ocorrido. A assessoria de imprensa da TAM não atendeu às ligações do site de VEJA.
A investigação do caso mostrou que os pilotos do jato, dois americanos,  não tinham percebido que o aparelho que permitiria o rastreamento da aeronave estava desligado. Ambos sofreram penas brandas: Joseph Lepore e Jan Paul Paladino foram condenados a quatro anos e meio de prisão em regime semi-aberto, punição que foi substituída pela prestação de serviços comunitários.

No Brasil, dois controladores de voo foram julgados por causa do episódio. Um deles foi absolvido. O outro, Lucivanco Tibúrcio de Alencar, foi condenado a três anos e quatro meses de prisão, pena também transformada na prestação de serviços comunitários.

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