Juíza assassinada recebeu quatro ameaças de morte
Investigadores já estão com as imagens de segurança que registraram a ação dos criminosos
Juíza não possuía escolta e carro dela não era blindado
A juíza Patrícia Acioli Lourival,assassinada no início da madrugada desta sexta-feira (12), já havia recebido quatro ameaças de morte, segundo informações da polícia. Ela não tinha segurança e o carro em que estava não era blindado. Patrícia, que trabalhava na 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, foi morta com vários tiros na porta de casa em Piratininga, em Niterói, na região metropolitana do Rio.
O assassinato é considerado prioridade na DH (Divisão de Homicídios), que assumiu o caso a pedido da Chefe de Polícia Civil, Martha Rocha. Os policiais já estão com o computador com as imagens do circuito de câmeras de segurança do condomínio da juíza, que registrou a ação dos criminosos. O carro da magistrada passa por perícia.
Segundo as primeiras informações, dois homens que estavam em uma moto efetuaram vários disparos contra o carro da magistrada, um Fiat Idea.
O crime aconteceu entre a ponte do Timbau e a rua dos Corais, próximo à casa da vítima, que morava no local havia três meses. Um veículo ficou parado no acesso à casa da juíza para que ela não conseguisse fugir.
De acordo com informações de testemunhas, pelo menos 15 disparos foram efetuados contra o carro, sendo oito no vidro do motorista.
Uma das linhas de investigação da polícia vai apurar se ela pode ter sido vítima de crime passional. A juíza é ex-mulher de um Polícia Militar e teria sofrido agressões dele.
A juíza era conhecida por sua atuação rigorosa e tinha um histórico de julgar vários casos contra policiais com desvio de conduta.
Em 2010, ela decretou a prisão de pelo menos quatro cabos da Polícia Militar e uma mulher que seriam integrantes de um grupo de extermínio da Marcha de Vans.
No início deste ano, a juíza mandou prender seis PMs suspeitos de forjar autos de resistência.
Patrícia fazia parte de uma lista com 12 nomes de pessoas supostamente marcadas para morrer, que foi apreendida com um integrante de um grupo de extermínio que atua em São Gonçalo. Ele é apontado como responsável por pelo menos 16 homicídios na cidade nos últimos três anos.
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