Presos amotinados em presídio de Aparecida de Goiânia se entregam


Revolta, iniciada por volta das 13h30 de sábado (20), durou quase 18h.

Todas as pessoas que eram mantidas reféns passam bem, diz assessoria.

Paula ResendeDo G1 GO
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Presos mantêm 12 reféns no motim em presídio de Aparecida de Goiânia (Foto: John William/TV Anhanguera)Presos começaram motim na tarde de sábado
(Foto: John William/TV Anhanguera)
Os três detentos amotinados na enfermaria do Complexo Prisional de Aparecida deGoiânia, na Região Metropolitana da capital, se entregaram no início da manhã deste domingo (21). A assessoria da Agência Goiana do Sistema de Execução Penal (Agsep) informou que os reféns passam bem. A revolta, iniciada por volta das 13h30 de sábado (20), durou quase 18 horas.
Inicialmente, o grupo havia feito 12 reféns: um agente de segurança prisional, duas enfermeiras, um enfermeiro e oito presos que estavam internados na enfermaria. A assessoria da Agsep informou ao G1 que cinco deles foram liberados no final da noite de sábado. O primeiro a sair foi um agente de segurança prisional, depois, três presos e, por fim, uma enfermeira. Os demais foram liberados na manhã de domingo. Segundo a assessoria, todos passam bem.
Motim
O motim começou, conforme a assessoria, quando os detentos tomaram a arma e renderam o agente de segurança. Em seguida, impediram de sair da unidade os três enfermeiros. Apesar de ficar dentro do Complexo Prisional, o posto médico ocupa um prédio separado dos blocos carcerários.
Por volta das 16h, a Tropa de Choque da Polícia Militar, que fazia a segurança da partida entre Atlético-GO  e Goianésia, no Estádio Serra Dourada, precisou ser deslocada para o Complexo Prisional. A movimentação das equipes de segurança foi grande no local.

Exigências
Na noite de sábado, os amotinados usaram o telefone da enfermaria e ligaram para TVs e rádios de Goiânia pedindo a presença da imprensa. Os jornalistas acompanham o caso na portaria do Complexo Prisional.
Nas ligações, os presos exigem água, comida e sete carros para a fuga. Também ameaçavam explodir o local com botijões de gás. No fim da noite, os telefonemas cessaram.

Segundo a Polícia Militar, o major Wendel de Jesus, especialista em gerenciamento de crise e negociação, está à frente das negociações. Ele é auxiliado Ricardo Mendes, comandante do Grupamento Aéreo da Polícia Militar (Graer), que também é especialista no assunto.

A PM não dá detalhes sobre a negociação. Mas o G1 apurou que familiares dos amotinados foram chamados para ajudar a convencê-los a acabar com a revolta.

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