Foto de Puma no Parque Nacional de Brasília agita o Facebook









A foto foi clicada em janeiro, por meio de uma armadilha fotográfica acoplada a um sensor de movimento. O equipamento foi armado em meio ao cerrado selvagem da Água Mineral — essa foi a melhor maneira de encontrar o animal, difícil de ser visto na natureza.
Como se trata de um felino de hábitos noturnos e bastante solitário, o puma não representa perigo para o ser humano.
Ele sente nosso cheiro a distância e assim que percebe a presença das pessoas se afasta rapidamente"
Juliana Alves, gestora do Parque Nacional
Por essa razão, nunca houve caso de ataque contra frequentadores das piscinas e das trilhas ecológicas.
A aparelhagem foi montada pela equipe do Brasília é o Bicho, braço local da ONG de atuação internacional Nex no Extinction. “Temos como objetivo identificar espécies em risco de extinção e contribuir para a construção de estudos científicos sobre os animais”, explica Marina Motta de Carvalho, pesquisadora na instituição. A parceria com o Parque Nacional nasceu em agosto de 2015.
Para a equipe de pesquisa, o aparelho permite encontrar muitas espécies que se pensava estarem extintas no Distrito Federal. Os pumas, por exemplo, só foram realmente identificados em Brasília em 2014. Hoje, estima-se que existam 14 exemplares na área da capital federal. “Para melhorar nossa performance, queremos investir em colares de GPS, que poderão nos dar informações sobre os animais 24h por dia. Porém, ainda precisamos captar recursos para que isso se torne realidade”, diz Juliana Alves.
Pesquisas científicas
O clima de animação com a foto do puma é geral. “Isso mostra como o parque está cumprindo a sua função primeira, que é resguardar a integridade dos animais que se encontram na região”, comemora Juliana. Ela também diz que, dificilmente, o felino avançará em áreas urbanas, pois o parque se interliga com duas outras Áreas de Proteção Ambiental (APPs), que se estendem para Goiás. “Com isso, queremos motivar a transformação do território em área de preservação integral, voltado para o uso indireto, como a produção de pesquisas científicas.”
No dia 3 de março, data em que se comemora a Vida Selvagem, a página oficial do Parque Nacional no Facebook divulgará imagens de outros animais identificados pelas armadilhas fotográficas. Entre eles, estão o tamanduá-bandeira e o lobo-guará. Vale a pena ficar de olho.

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