Papa Francisco dispensa limusine e deixa basílica de ônibus
"Que Deus os perdoe". Foi em tom de piada, em espanhol, que o papa Francisco se dirigiu aos cardeais que o elegeram antes de brindar com champanhe sua eleição. Esta teria sido, no entanto, uma exceção ao comportamento "franciscano" do primeiro papa jesuíta, o cardeal Jorge Mario Bergoglio, de Buenos Aires.
Durante entrevista coletiva de três cardeais brasileiros nesta quinta-feira, no Colégio Pio Brasileiro, em Roma, Dom Raymundo Damasceno, de Aparecida, disse que o papa recusou a limusine para voltar à Casa de Santa Marta.
Ele voltou "junto aos cardeais, de ônibus", após aparecer no balcão da Basílica de São Pedro, afirmou Dom Raymundo.
Nesta quinta-feira, antes de ir para a Igreja de Santa Maria Maggiore, pela manhã, o novo papa teria passado na hospedaria da Casa Internacional do Clero, para pagar a conta e recolher a mala.
Dom Geraldo Majella Agnelo, arcebispo emérito de Salvador, disse que o novo papa vive o seu "nome franciscano". Os três cardeais ressaltaram a humildade do novo papa, dizendo que Bergoglio é um homem simples.
Dom Geraldo disse ainda que "apesar da idade (76 anos), ele poderá fazer muito em pouco tempo".
Os cardeais declararam que os escândalos sexuais e financeiros não pesaram na escolha do novo papa, embora tenham falado que a Igreja "quer justiça".
Os cardeais também evitaram comentar as alegações de que Bergoglio teria colaborado com os repressores durante a última ditadura argentina.
Dom Odilo
Um dos mais cotados à sucessão de Bento 16, dom Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo, saiu do conclave ainda cardeal. "As cotações prévias foram todas para o espaço", brincou.
Um dos mais cotados à sucessão de Bento 16, dom Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo, saiu do conclave ainda cardeal. "As cotações prévias foram todas para o espaço", brincou.
Ele disse que não entrou na Capela Sistina esperando ser eleito e que encarou a pressão da imprensa com tranquilidade. "Tenho os pés no chão."
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