Arrecadação federal bate recorde e soi em janeiro



O governo federal arrecadou R$ 116,066 bilhões em impostos e contribuições em janeiro, resultado recorde, segundo a Receita Federal informou nesta segunda-feira. O número representa alta real de 6,59% sobre igual mês do ano passado.
Para a Receita Federal, a arrecadação continua sentindo os efeitos do crescimento da economia. As vendas de bens e serviços avançaram 5% e a massa salarial subiu 11,88%. Além disso, o valor em dólar das importações cresceu 9,46%. Com mais gente comprando e as empresas tendo mais receitas com suas vendas, a arrecadação conseguiu driblar a queda de 3,5% na produção industrial registrada em dezembro do ano passado.
Outros fatores que justificam o crescimento na arrecadação, segundo o Fisco, são o pagamento da primeira cota, ou da cota única, do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ), no mês passado, e a antecipação do ajuste anual do IRPJ e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), referente ao lucro obtido pelas empresas no ano passado. O pagamento de royalties relativos à extração do petróleo também ajudaram a marcar o recorde da Receita.
Segundo os dados divulgados hoje, o Imposto de Renda foi responsável por R$ 38,14 bilhões no bolo da arrecadação, um crescimento de 10,5% sobre janeiro do ano passado. Isso porque o IRPJ somou R$ 22,65 bilhões e o Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) alcançou R$ 1,14 bilhão. O Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) foi responsável pela arrecadação de R$ 14,34 bilhões em janeiro.
O valor arrecadado com o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) chegou a R$ 4,46 bilhões e a Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins), por sua vez, somou R$ 17,48 bilhões. A CSLL registrou arrecadação de R$ 11,36 bilhões no primeiro mês do ano.
Também houve, segundo a Receita, a antecipação do ajuste anual do IRPJ e da CSLL calculado sobre lucros obtidos em 2012. Em termos gerais, o IRPJ e a CSLL registraram aumento real conjunto de 20,33% no mês passado frente a janeiro de 2012.
Na comparação com dezembro, a arrecadação teve alta real de 11,46%, influenciada pela maior arrecadação do Imposto de Renda total, CSLL, Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e Cofins. Em 2012, a coleta de tributos totalizou R$ 1,029 trilhão, ano em que a arrecadação foi fortemente afetada pelo baixo ritmo de crescimento da economia, pela queda na lucratividade das empresas e pela renúncia tributária provocada pelas desonerações adotadas pelo governo para estimular o consumo.
Segundo a Receita, o total das desonerações com impacto em 2012 - considerando o efeito de reduções tributárias feitas em anos anteriores - e R$ 46,440 bilhões. Se considerada apenas as desonerações feitas no ano passado, a renúncia foi de R$ 14,7 bilhões. Desse total, as maiores foram na Cide-Combustível (R$ 6,837 bilhões), na desoneração da folha de pagamentos (R$ 3,9 bilhões) e com o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de carros (R$ 2,639 bilhões).

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