DESENVOLVIMENTO PESSOAL

Aperfeiçoando habilidades


Profissionais precisam ter competências interpessoais, cada vez mais valorizadas pelas empresas. Confira dicas de especialistas sobre como aprimorá-lasAs habilidades técnicas por si só não são suficientes para atender as demandas da maioria das empresas atualmente. Elas precisam de profissionais que também saibam engajar o restante da equipe e que se dediquem a cumprir as metas organizacionais com eficiência. Essas competências podem ser desenvolvidas de diversas formas - desde a observação e a conversa com outros profissionais até a contratação de um especialista para ajudar a traçar planos para a carreira.
Denize Dutra, coordenadora do MBA em Economia e Gestão de Recursos Humanos e do Programa de Desenvolvimento de Lideranças da Fundação Getulio Vargas (FGV), observa que a qualificação, ou seja, o que o profissional apresenta no currículo, é o que determina a contratação. Mas são as habilidades interpessoais que vão fazer a diferença no sucesso e na permanência no cargo.
"Pesquisas comprovam que a principal causa de demissões não são questões relacionadas à falta de competência técnica, e sim, as competências socioemocionais", reforça. "Só as organizações que tiverem pessoas que estejam absolutamente conscientes e focadas em seu autodesenvolvimento serão capazes de responder rapidamente a mudanças tão aceleradas, a adaptar-se à nova realidade tecnológica e a superarem os desafios", complementa a especialista.
Essas habilidades, segundo ela, dizem respeito a atributos da inteligência emocional, como autoconhecimento, automotivação, autocontrole, empatia e sociabilidade. 'Podem ser desenvolvidas no dia a dia, por meio da convivência e da observação de modelos, por meio de programas de desenvolvimento focados para esste objetivo, por coaching e outras ações", exemplifica. Até mesmo especializações como os programas de MBA podem ajudar. O profissional pode aproveitar essas oportunidades para expor ideias, treinar a escuta atenta, respeitar as diferenças, dar retornos assertivos, trabalhar em equipe e liderar, conforme elenca Denize.
Pesquisas comprovam que a principal causa de demissões não são questões relacionadas à falta de competência técnica, e sim, as competências socioemocionais"
Denize Dutra, especialista em desenvolvimento de lideranças
Uma boa gestão pessoal é essencial para dominar as competências que são valorizadas pelo mercado, de acordo com a coach Mari Lannes, associada da Sociedade Brasileira de Coaching (SBC) em Brasília. Além do autoconhecimento, essencial para definir os objetivos de carreira e as competências que ainda precisam ser adquiridas, a especialista sugere observar as pessoas dentro do ambiente organizacional. Se o objetivo é se tornar diretor da empresa um dia, por exemplo, é importante observar como agem as pessoas que ocupam esse cargo atualmente.
"O que faz e onde estudou? O que aprendeu? Como é visto pela empresa e pelos outros funcionários? Que valor agrega?", elenca Mari Lannes. Profissionais que inspiram e que engajam são os mais desejados pelas organizações para ocupar esses cargos, ressalta ela. É necessário ainda evitar comportamentos inadequados, que entrem em choque com os objetivos da própria carreira e da corporação. Falta de foco, de postura ética e pessimismo são alguns dos pontos negativos listados pela coach. "É preciso ter resiliência, autoeficácia, confiança. Essas são vantagens competitivas cruciais em uma empresa."
É preciso ter resiliência, autoeficácia, confiança. Essas são vantagens competitivas cruciais em uma empresa"
Mari Lannes, coach
André Violatti/Esp. CB/D.A. Press
Andréia com as colegas de trabalho Maria Charlene (E) e Osvaldina Plama. Ela fez treinamento com coach para desenvolver competências de trabalho em equipe
A enfermeira Andréia Cristofari, 41 anos, fez treinamento com coach para traçar e alcançar objetivos para a carreira. O primeiro passo foi realizar um teste de menos de uma hora para definir o estilo comportamental e o que ela precisava melhorar. 'A partir dele, eu tive a clareza para definir o que eu realmente desejava e identifiquei onde eu estava e aonde eu queria chegar", descreve.
Isso me ajudou muito a desenvolver habilidades e competências para inclusive influenciar pessoas, motivá-las, trazer a equipe para o meu lado e mostrar que é necessário seguir tal caminho, e não simplesmente dar uma ordem ou delegar sem a equipe entender"
Andréia Cristofari, enfermeira
Hoje, ela percebe que tem mais segurança, consegue manter o foco quando surge algum problema e pensar numa solução e em ferramentas para monitorar os resultados. "Isso me ajudou muito a desenvolver habilidades e competências para inclusive influenciar pessoas, motivá-las, trazer a equipe para o meu lado e mostrar que é necessário seguir tal caminho, e não simplesmente dar uma ordem ou delegar sem a equipe entender", conclui ela, que trabalha como gerente de faturamento em um hospital particular.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

PROMESSA NÃO CUMPRIDA E PAIS E ALUNOS REVOLTADOS COM ESTRUTURA PRECARIA DE ESCOLA EM AGUAS LINDAS

No país campeão de cirurgia íntima, mulheres contam suas histórias

Confira lista de líderes políticos que perderam a eleição